sábado, 20 de junho de 2015

Se tem pirata, tem Wanted!

Mexendo na minha estante de mangás dei de cara com um que li em fevereiro de 2013 para fazer uma resenha para o falecido site Sake com Sal e que depois ganhei de presente da Ari. Agora com vocês: Wanted. Porque eu quero trazer mais literatura para o blog.
AC


Se tem pirata, tem Wanted! – Matsuri Hino

Volume único, traço suave com grandes olhos brilhantes e uma história leve e bobinha. Adoro esse tipo de mangá! E a própria autora faz um aviso aos leitores para não pensarem em coisas muito complexas e se divertirem com a leitura, pois esse é o desejo dela. Advertida e preparada passei a ler o meu segundo mangá de histórias de piratas.

Wanted conta sobre a jovem Armeria, uma garota que durante um ataque de piratas liderados pelo temível capitão Skars vê seu amigo Luce ser sequestrado e a partir daquele evento ela passa a buscar trabalhos em navios sob o codinome Artie, até conseguir reencontrar aquele que se tornou o grande amor de sua vida. Logo nas primeiras páginas alguns de nós, ou melhor, muitos de nós até me atrevo a dizer isso porque eu não sou das mais espertas para desvendar tramas de histórias podem resolver o mistério. Daí vem a pergunta, porque continuar a leitura? Simples para ver até que ponto vai a inocência de Armeria.

O volume é dividido em três partes e apresenta diversos personagens recorrentes, o que liga os blocos de uma forma suave. O primeiro capítulo apresenta o mundo e os personagens, o segundo amplia o cenário mostrando o universo fora do navio e o terceiro fecha com uma aventura, uma clássica caça ao tesouro. A narração corre de uma forma tranquila e sem entraves, seguindo as linhas de raciocínio da heroína central.

Armeria ou Artie, na versão masculina, é uma garota sonhadora e idealista. E é justamente essa mistura que a move sempre com garra para alcançar seu objetivo, descobrir se Luce está vivo e o que aconteceu com ele. Mas no contraponto, esse também é seu maior defeito, pois é a idealização de seu amado que a faz não perceber as coisas que estão acontecendo na sua frente e atrasam a evolução da persoangem.

Luce é um mistério, pois a visão que temos dele é através das lembranças da pequena Armeria, então, para ela, ele é um rapaz justo, gentil, agradável, bonito... Usando as palavras da personagem ele é um “nobre bonzinho”.

A terceira ponta dessa história é o capitão do navio, Skars, que segundo Armeria é tudo aquilo que Luce não seria nunca, um pirata vil, ignorante e vulgar, ou seja, malvado. Mas essa visão é alterada conforme a história anda e descobrimos, que apesar de ser um pirata, ele possui escrúpulos.
O traço da autora é consistente e contínuo. Ela dá bastante ênfase aos olhos, sempre transmitindo muita expressão. As roupas e cenários de fundo são bem elaborados e com bastante uso de retículas, mas de uma forma que não gera peso excessivo e passa sensação de movimento. E talvez o que mais me atraiu foi a forma de montar a página dela, com quadro sobre quadro e muitas vezes trabalhando com uma divisão na diagonal, e podem acreditar, quando ela for desenhar uma imagem de página inteira, ela realmente será impactante.

Friso aqui que não deixem de ler na passagem entre capítulos uma das coisas que eu achei mais engraçadinhas em todo o mangá, são uns quadrinhos mostrando alguma situação que já tenha ocorrido naquele capítulo agora com “o sentimento mais secreto de Skars-sama” explicitado. Com essa dica desejo a todos uma boa e divertida leitura!

2 comentários:

  1. Quando eu li sua resenha pela primeira vez, te disse que você tinha jeito pra coisa e você não acreditou. Bom, só quero repetir, porque muita gente não sabe disso, mas você PODE e deve escrever mais vezes. Eu adorei mesmo a forma como você me fez curtir o mangá. E mais gente vai passar por isso!

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    1. Planejo escrever mais, assim como desenhar, pintar, dançar e porquê não cantar? Mas com uma condição... Você vem junto!

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